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A deglutição é o ato de engolir alimentos e começa na vida fetal. É uma acção automática, que é comandada pelo tronco cerebral.

Um processo dinâmico, que envolve uma actividade neuromuscular complexa cujos objectivos são o transporte do bolo alimentar da boca para o estômago, passando pela faringe e pelo esófago, e a protecção das vias aéreas. Participam neste processo, cerca de 30 músculos e seis pares de nervos cranianos.

A disfagia é uma alteração na deglutição, ou seja, no acto de engolir alimentos ou saliva, e varia entre um ligeiro desconforto até à dificuldade em deglutir.

Pode ocorrer em diferentes fases da vida, especialmente em idosos, sendo que 10 a 30% das pessoas com idades superiores a 50 anos podem padecer de disfagia, não só pela deterioração do sistema sensitivo e da função motora, mas também pela associação a doenças que vão surgindo.

Existem poucas opções de tratamento para a disfagia, pois os distúrbios neuromusculares e neurológicos que estão na sua origem, dificilmente podem ser tratados, quer em termos médicos, quer em termos cirúrgicos.

A alimentação oral é preferida sempre que possível. A mudança da dieta para alimentos mais macios e medidas posturais, tal como a elevação da cabeceira da cama no caso da pessoa acamada, são úteis.

Uma Alimentação adequada, por exemplo rica em fibras permite combater alguns sintomas da doença como a obstipação que Bradicinesia (lentidão dos movimentos voluntários) Acinesia (sem movimento) Rigidez muscular Tremor, que pode ser de diferentes intensidades Dificuldade de permanecer com a boca fechada e falta de expressão nos músculos faciais Falta de equilíbrio de pé Alterações do sono Dificuldade em iniciar a marcha e depois em andar Dificuldade em reiniciar um movimento não terminado Dificuldade para escrever, para comer ou para movimentos finos Comprometimento intelectual (nalguns casos) Ansiedade e depressão Atrofia muscular e pés vermelhos pode ocorrer devido à inactividade, à desidratação e ao uso de alguns fármacos. Poderá ser necessário o recurso a suplementos alimentares, bem como a espessantes alimentares que permitam a este indivíduo um aporte calórico, proteico e hídrico adequados, dado que a rigidez muscular pode dificultar a deglutição, e por vezes de forma grave, o que a longo prazo pode produzir desnutrição.

A modificação da consistência dos alimentos e da água, também é uma medida importante a adoptar, recorrendo-se normalmente à utilização de espessantes alimentares – substâncias químicas de sabor neutro, que melhoram a textura e a consistência dos alimentos, sem no entanto alterar as suas propriedades. São úteis na medida em que produzem consistências homogéneas e duráveis, evitando a separação da água do próprio alimento, já que esta pequena quantidade de água livre, apesar de aparentemente inofensiva, é suficiente para desencadear um quadro de pneumonia se for aspirada no processo de deglutição.

Os espessantes são também úteis durante a toma da medicação, já que permitem que a água adquira a textura ideal que facilita a ingestão dos comprimidos, o que por um lado nos assegura a toma correcta e atempada da medicação e por outro fomenta uma maior ingestão de líquidos.

Com o uso destes produtos previne-se assim, quer a desidratação, quer as pneumonias de aspiração e os engasgamentos frequentes nos idosos com disfagia.

Se houver agravamento da disfagia e consequente aumento do risco de aspiração, deve então considerarse a possibilidade de suporte nutricional alternativo, recorrendose à utilização de sonda nasogástrica, ou, em determinados casos, à colocação de PEG (percutaneous endoscopic gastrostomy).

 

Sintomas

– Excesso de saliva
– Perda de apetite e de peso
– Aderência dos alimentos à traqueia
– Ardor provocado pelo refluxo gastro-esofágico

 

Causas

– Físicas ou mecânicas (ex. obstrução do esófago)
– Neurológicas (causa mais comum AVC)

 

Consequências

– Desidratação
– Desnutrição
– Pneumonias de aspiração
– Isolamento social