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O envelhecimento é encarado de diferentes perspectivas. Uns caracterizam-no como uma diminuição das capacidades globais, com aumento da vulnerabilidade e uma cada vez maior dependência.

Outros, talvez os mais poéticos, consideram o envelhecimento como o ponto mais alto da sabedoria, bom senso e serenidade.

Enquanto jovens não pensamos no envelhecimento mas, certo é que, com o passar do tempo, vamos notando cada vez mais rugas e cabelos brancos, alguns dos sinais externos do envelhecimento. No entanto, também os nossos órgãos internos sofrem alterações e começamos a perder capacidades, nomeadamente na ingestão e digestão de alimentos.

Na cavidade oral existe uma diminuição da produção da saliva, com consequências na degustação e deglutição. Existe também a perda de peças dentárias, que dificultam uma correcta mastigação dos alimentos. A atrofia das pupilas gustativas, leva a situações de disgeusia, a diminuição do paladar, nomeadamente para coisas doces ou salgadas.

No estômago começa a existir uma diminuição da capacidade funcional digestiva, e uma saciedade precoce.

No Intestino existe uma alteração da capacidade global de absorção por diminuição da motilidade intestinal e pela atrofia das vilosidades e microvilosidades, com uma consequente diminuição da superfície de absorção útil e diminuição da capacidade de transporte de nutrientes.

Também a nível do sistema nervoso, existem alterações que interferem na alimentação, como é o caso das disfagias, muitas vezes associadas a doenças, mas que, por vezes, são apenas consequência do processo de envelhecimento.

Todas estas alterações fisiológicas, em conjunto com algumas doenças como a diabetes e a anorexia, bem como a solidão e até as limitações económicas são as causas de uma insuficiente ingestão calórica e proteica por parte da pessoa idosa e tem como consequências o enfraquecimento do sistema imunológico, a redução da massa muscular, a anemia, a diminuição da actividade cerebral, o aumento do risco de úlcera por pressão ou a osteoporose

Ocorrem nos idosos muitas situações de doença que trazem posteriormente a anorexia e a saciedade precoce, diminuindo a quantidade de alimentos ingeridos, tornando selectiva a escolha de alimentos, alterando o equilíbrio e a adequação nutricional, conduzindo a fome calórica e de nutrientes e provocando quadros de desnutrição, mais ou menos graves.

Uma boa nutrição tem, deste modo, um papel fundamental no processo de envelhecimento: ajuda a prevenir doenças, bem como a incapacidade, melhorando a qualidade de vida do idoso.

Quando a alimentação tradicional não é suficiente, existem suplementos, apresentados em várias formas, para colmatar as necessidades calóricas ou proteicas, que têm como objectivos:

Atingir o melhor estado nutricional e de hidratação possível

Promover a máxima eficácia e segurança na alimentação, de forma a permitir ao idoso levar uma vida normal e de qualidade

São bons exemplos destas fórmulas, a suplementação proteica, ao diminuir o risco em adquirir úlcera por pressão; a suplementação calórica, nos caso de anorexia; e o recurso a espessantes, que permitem ao idoso com disfagia a líquidos (engasgar-se quando bebe), ter uma hidratação adequada.

 

Formação

Na Amera, preocupados com estas questões, envolvemos recentemente assistentes e enfermeiras numa acção de formação, organizada pela Nestlé, em que foi realçada a importância de uma alimentação e hidratação correctas.